Escrita em 1885, “A Parisiense” de Henry Becque é considerada uma joia do realismo, um realismo ocre como foi chamado na época. Uma sátira feroz, tendo no centro uma nova mulher que por traz de um discurso conservador e reacionário, revela um comportamento amoral, não só quanto aos costumes, mas na manipulação da máquina pública à serviço dos seus interesses. O humor cínico de Becque ganha cores nacionais na transposição da nativa da capital francesa do século XIX para uma típica habitante do planalto central do século XXI, sob a capa de “Do lar”, transitando nas esferas do poder e nas alcovas promissoras. Pátria, religião e Família acima de tudo são o lema dessa “Brasiliense”. A peça que chegou ao Brasil pelas mão do celebrado diretor Francês Atoine no fim do novecentos e fez grande sucesso nos anos 60 na versão de Millôr Fernandes, protagonizada por Fernanda Montenegro, sob o título “A mulher do todos nós”.
Texto: Henry Becque
Tradução: Eduardo Tolentino de Araujo e Fernando Navarro
Direção: Eduardo Tolentino de Araujo
Elenco: André Garolli, Brian Penido Ross, Bruno Barchesi e Camila Czerkes
Voz Off: Guilherme Sant’Anna
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli
Design Gráfico: Mau Machado
Assistência de Produção: Nando Barbosa, Nando Medeiros
Produção Geral: Ariel Cannal